A Tecnologia também! Aonde vamos parar!

Todos nós sabemos a importância da tecnologia. Mas, realmente sabemos? Usamos celulares, Ipad, Ipod,Tablet, internet, TV, microondas, DVD, Blu-ray e milhares mais, nos hospitais, nos dentistas, em todas as áreas a tecnologia está presente e quando falo de todas estou me referindo à todas mesmo, sem exceções, pois desafio alguém a encontrar alguma área em que a tecnologia não esteja presente.

A física, a química e a fundamental matemática estão unidas à tecnologia. Só que esses cursos estão tendo umas evasões muito grandes e pior ainda, poucas pessoas interessadas nesses cursos. A área de exatas, em geral, não tem profissionais suficientes para suprir a necessidade do mercado. Até podemos, em primeiro momento, colocar a culpa nas dificuldades dos cálculos. Mas será?Acho que junto com a tecnologia veio a facilidade. Os alunos têm uma ferramenta importantíssima que ao invés de utilizarem como apoios utilizam como prioridade. A calculadora é usada para realizar cálculos básicos, como uma simples tabuada. Os trabalhos realizados na internet são simplesmente, copiados, colados e impressos, sem nem ao menos lerem. 


A maioria dos alunos dessa “nova geração” não exercita o cérebro, pois não se interessam, não precisam, está na mão, ou melhor, na internet. A realidade é que caberia aos professores, à família, ao Governo exigir do aluno o “pensar”. Mas acho que o tiro que o Governo deu saiu pela culatra. E muitos desses alunos têm habilidade só que não estão interessados em desenvolvê-las.

Hoje, saiu no jornal “A Folha de São Paulo” uma reportagem sobre a evasão universitária na área tecnológica. Então, como vamos progredir? Como vamos evoluir? Afinal, um País que tem um déficit em educação e tecnologia. Segundo a Folha, até 2014 faltarão 45 mil analistas e programadores.

Está na hora, aliás, passou da hora dos governantes do Brasil, perceber que temos que melhorar a base (educação), valorizar o profissional da educação, pois o método utilizado até agora (proposta pedagógica, apostilas, ECA e etc.) não está funcionando.

O Brasil precisa de educadores valorizados e motivados para que ensinem e construam um País melhor e digno. A palavra agora é “Reaprender a pensar”, desenvolver o raciocínio. Usar toda essa tecnologia, que ainda temos, para adquirir conhecimentos. Mas a tecnologia colocada nas mãos certas.

O ensino da escola pública está um caos, em outra reportagem que li (não me lembro qual jornal) foi que quando alunos (minoria) de escolas públicas cursam faculdades públicas não conseguem acompanhar o ensino. Por que será? Aliás, o ensino da escola pública está tão ruim que esses alunos não estão conseguindo notas adequadas nem no Saresp, IDESP, prova Brasil e etc. E é claro que é muito mais fácil culpar os professores.

Muitas faculdades estão substituindo as notas de ENEM pelos vestibulares, isso seria legal, pois daria oportunidade do aluno da escola pública entrar numa faculdade pública (Reportagem de hoje também na Folha de São Paulo).

Estou assustadíssima, pois meu salário de professora não me oferece condição de pagar uma escola particular para minha filha e ela, com 13 anos, está se tornando uma “alienada” e a culpa não é dos professores, pode ter certeza e nem minha, pois cobro notas e dou apoio e exemplo em casa ela tem. No Orkut dela, por exemplo, existem várias piadas de “como irritar o professor”, “como colar na prova” e outras analogias referentes à falta de vontade de estudar.

Por isso, quero fazer meu mestrado e depois doutorado para além de lutar por uma qualidade de ensino melhor (pois não tenho intenção de largar a profissão) e poder dar aula em faculdades e colégios particulares, onde serei mais bem remunerada. Ou o Estado de São Paulo começa a valorizar nossa profissão ou, com certeza vai perder mais um professor e detalhe, dos professores que se formaram comigo, que foram somente 13, apenas 5 lecionam, os outros não querem nem saber de escola pública. Até quando o professor vai ser culpado? Até quando o Governo vai fechar os olhos e continuar culpando os “outros” pelos próprios erros.