FÍSICA SEM EDUCAÇÃO

A única maneira de fazer o Brasil progredir é com educação, informação e caráter.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Vivemos entrelaçados?


Entrelaçamento quântico, em inglês, entangled states e significa, na mecânica quântica, que é muito difícil se saber o estado individual das partículas porque, na realidade, elas estão entrelaçadas. Mesmo que elas não tenham qualquer ligação física, elas compartilham suas propriedades.





O teletransporte hoje é uma realidade, pelo menos em se tratando de partículas e na série da TV, Jornada nas Estrelas. Mas, vários filmes de ficção científica que foram feitos, estão se tornando uma realidade, pelo menos grande parte deles.
Mas, imaginação a parte, o teletransporte é uma realidade só no mundo micro, como as partículas. Em se tratando do mundo macro, se tratando de pessoas, por exemplo, a coisa se complica. E muito!







Na Física Quântica, a maior coisa a ser teletransportada até agora foi uma partícula chamada Itérbio. Essa partícula obesa contém 70 prótons em seu núcleo. Mas, há uma enorme diferença entre teletransportar um átomo gordão e um ser humano, nem que o ser humano for bem magrinho. Infelizmente!

E o motivo dessa grande dificuldade se cabe ao comportamento de cada objeto. Para poder teletransportar um abjeto macroscópico, os dois tem que estar muito ligados, correlacionados, assim utiliza-se, no caso uma partícula, para “afetar” a outra (palavras do físico Lawrence Krauss, da Universidade Estadual do Arizona). “Mas essa correlação quântica é muito frágil”.

Para que consigam teletransportar o ser humano, teriam que medir os estados de cada partícula existente nele e torcer, mas torcer muito, para que não haja nenhuma perturbação. Imaginem! O nosso corpo é formado por uma quantidade astronômica de estados quânticos, então teremos que, além de torcer, ficar à espera de um “milagre”. Mas como estamos falando da física quântica, milagres podem acontecer. (Tudo é possível no mundo quântico). Exagerei?



Só que, mesmo na ficção científica, como na série Jornada nas Estrelas, o Dr MacCoy sempre temia o tele transporte e preferia o transporte convencional. Por que será? Simples e muito sábio. Porque o teletransporte quântico não são as partículas que desaparecem de um lugar para ressurgir em outro, mas, somente sua informação que viaja de um ponto a outro entre duas partículas idênticas.



Mas, e se a Teoria das Cordas estiver certa? E se realmente existirem Universos Paralelos? E se tiver outro de nós em algum outro lugar no Universo? O teletransporte seria possível? E, se já enviamos ou recebemos informações (pensamentos e ideias) ao nosso outro “eu” em algum outro lugar e nem tenhamos consciência disso? Já pensaram?

sábado, 5 de maio de 2012

Diz que disse

Diz que disse
último artigo do Dário sobre a ignorância e a falta de imaginação dos relatos de abdução, levou-me a pensar neste artigo.

Por que a matemática é importante na Física?




Essa sempre foi uma questão muito importante para mim. Nunca me conformei com o jeito como a Física é ensinada nem com o conteúdo das apostilas nas escolas públicas, no ensino médio. Não podemos tirar a matemática da Física e, sim, ensiná-la como uma nova linguagem, desde o ensino fundamental, como ensinamos a gramática. Nesse texto do site http://www.quantumdiaries.org/, onde Byron Jennings, um físico nuclear, faz um artigo sobre a importância da matemática e os argumentos racionais da ciência, ele fala exatamente sobre a importância da matemática na Física.
E eu achei muito legal! Vale a pena ler. Por isso traduzi e resumi, mas se quiserem ler na íntegra, entrem no site e leiam esse e outros artigos interessantíssimos do mundo da Física Quântica:
“O papel da matemática e os argumentos racionais da ciência”
Os cientistas usam a matemática para saber como funciona o Universo e, com isso, fazer previsões precisas e, assim, através dela, poderem ser testadas experimentalmente. Mas não é só isso.
Nem toda ciência tem a matemática envolvida e vice-versa. A astrologia, por exemplo, utiliza uma matemática precisa para calcular as previsões planetárias, mas isso não faz dela ciência. Charles Darwin e Carl Linnaeus em suas obras sobre a Classificação dos seres vivos e a Evolução são exemplos de ciência que foram feitas sem muita matemática (nem por isso deixaram de ser ciência).
(A escola de Athenas - no centro Platão e Aristóteles. Fonte:http://polegaropositor.com.br/filosofiadaciencia/dicotomias-sem-nexo/)
Os antigos filósofos gregos Platão e Aristóteles consideravam, também, o uso da matemática para descrever as suas observações.
Galileu foi criticado por usar a matemática para descrever o movimento. No entanto, desde então, o uso da matemática foi utilizado para descrever fenômenos físicos.
O fundamento matemático é um novo conjunto de ideias. Para o nosso propósito, partindo do ponto de vista científico, tudo o que precisamos saber é que nos ajuda a fazer previsões mais precisas. Nós usamos porque funciona. E isso é tudo.
A matemática está tão entrelaçada como parte da Física que se tornou, de fato, uma linguagem. Isso é o que torna a Física verdadeira, a matemática é parte integral do pensamento científico. Quando os físicos discutem, equações fluem. A matemática continua sendo uma ferramenta totalmente integrada no processo da ciência.
Pessoas que não têm uma formação sólida em matemática são, de certa forma, alienadas da ciência. Podem até traduzir a linguagem matemática para a linguagem comum, mas, algo sempre se perde nessa tradução, em se tratando da mecânica quântica – ou ainda, no caso das partículas, na Física Moderna, a coisa é pior - daí surgem absurdos como o nome “partícula de deus”.
Não há “partícula de deus” na matemática, apenas equações elegantes e, realmente, considerando a sua importância, são equações bastante simples. Levantando a seguinte questão: como você realmente entende a Mecânica Quântica? A resposta é clara: estudando a matemática, pois aí é o verdadeiro ponto de entendimento. Não como alguns argumentos metafísicos sobre o mundo.
A lógica pode ou não dar origem à matemática, mas para a física, o que exigimos dela é que seja útil na medida em que nos ajuda a melhorar nossas previsões. Os argumentos racionais disfarçados de lógica muitas vezes se tornam sedutores, mas ilusórios. Ao contrário da matemática, os argumentos não são 100% confiáveis e esse é o maior problema da filosofia.
Filósofos usam argumentos, supostamente racionais e chegam a conclusões diferentes: Platão, Descartes, Hume e Kant tiravam conclusões muito diferentes. Cientistas obrigam-se a se guiar pela observação: isso é que faz com que a ciência seja correta e eficaz.

Na ciência, começamos com uma ideia e desenvolvemos com argumentos racionais e matemáticos. Verificamos com outros colegas para nos convencer se o argumento está 100% correto, em seguida, a experiência é realizada. A filosofia é como a ciência, mas sem a experiência. Talvez a verdadeira definição de um argumento racional seja a experiência e as observações, pois é aquela que produz resultados. Matemática, lógica e os argumentos racionais são apenas um meio para um fim. As produções de modelos nos permitem fazer previsões precisas. E, no final, é só o sucesso das previsões que contam.