FÍSICA SEM EDUCAÇÃO

A única maneira de fazer o Brasil progredir é com educação, informação e caráter.

sábado, 8 de setembro de 2018

A Escola subversiva - Parte II





Ouço muita gente, inclusive professores, criticar o governo Lula. Ele não foi perfeito, afinal nenhum ser humano é, mas fico pensando no que ele passou para se tornar hoje um dos maiores presidentes que o país já teve. E isso não é uma propaganda política, mas uma reflexão, pois independente do que pense do ex-presidente ele é assim considerado.
Assisti ao documentário que foi colocado num post anterior que conta a história de uma escola criada e incentivada pelo governo, na década de 60, uma escola experimental, mas que ia muito além de tudo que conhecemos hoje na educação, pois ensinava o aluno a ir além de suas disciplinas impostas, ensinava-o a pensar.

Fonte: Tá na Lousa
Quando a ditadura foi instaurada, essa nova forma de educação foi destruída, o que era óbvio: o povo não precisa aprender a pensar, somente obedecer, por isso ainda temos vários resquícios dela ainda hoje. A sua tendência libertária era um problema para aqueles que estão no poder e, o mais incrível de tudo isso, ainda existem professores que criticam o método, inclusive as teorias de Paulo Freire, pois ainda estão arraigados ao sistema tecnicista e, ouso dizer, colaboraram e colaboram muito para o fracasso da educação hoje. Claro que existem mais fatores que contribuíram, mas esse foi um fator que poderia ter mudado os demais, como a questão da baixa remuneração.
Fazendo uma comparação do sistema atual de educação com o sistema político, fico imaginando o quanto é frustrante ser um presidente. Afinal, eu, como professora, vejo uma situação bem parecida dentro da escola. Quando um professor traz novas ideias que possibilitam ao aluno ir além do que o sistema é imposto, muitos dos próprios colegas de trabalho o desmotivam e até o sabotam. Muitos professores, gestores, supervisores etc. ainda insistem na tendência tradicional, sendo que depois dela tivemos várias tendências educacionais progressistas, com ideias e propostas que levam ao aluno a descoberta de seus próprios caminhos, democraticamente. Isso, no entanto, é sempre renegado e impossibilitado de ser posto em prática, por causa do viés conservador, o que é extremamente frustrante para os verdadeiros educadores. Isso dentro de uma escola, imagina como seria com relação a um país.

Fonte: Tá na Lousa
Os professores, por mais libertários e motivados que sejam acabam tendo que abrir mão de diversas coisas para conseguir levar adiante a ideia a qual acreditam, isso quando não desistem no meio do caminho pela série de frustrações e desmotivações, como dito acima, inclusive dos próprios colegas de trabalho.  Para terminar, apesar de todas essas críticas, ainda acredito que as coisas podem mudar através da conscientização e conhecimento e ela se fará principalmente através do professor, quando ele tiver consciência do quanto foi e está sendo manipulado por esse sistema. A mudança pode começar quando os professores começarem a colocar em prática a mudança.



Essa escola foge completamente dos padrões educacionais, muito interessante:




sexta-feira, 7 de setembro de 2018

A escola subversiva






Ginásio Vocacional Oswaldo Aranha São Paulo 1969




Documentário sobre a experiência dos ginásios Vocacionais, pioneiros na educação pública brasileira, instalados nos anos 1960 em São Paulo, idealizados pela educadora Maria Nilde Mascellani, visando trazer pensamento crítico e realidade para sala de aula.


Assista aqui, vale a pena!!!

E como funcionava o sistema de ensino?

Veja aqui

domingo, 2 de setembro de 2018

Oligarquia milionária parece querer um Brasil de analfabetos




"Pra quem não sabe sou professora de matemática e ganho 11 reais por aula em uma sala com 40 alunos = 240 alunos por dia pra dar atença e acompanhamento x 6 aulas ganho no máximo 66 reais ao dia x 22 dias 2452. Preparo aula, corrijo prova, lanço notas, faço relatórios de evolução dos alunos, lanço notas no sistema e tudo isso sem receber, pois essas atividades estão fora desse horário que recebo as aulas.
Não pagar o professor e este dele exigir mais comprometimento sem perceber que este professor escravo não liberta ninguém.
O projeto de educação no Brasil nos querem massa de manobra, mas resistiremos!
Não desisto da educação e de semear esperança!"


sábado, 1 de setembro de 2018

COLÉGIO MILITAR X ESCOLA PÚBLICA: UMA QUESTÃO DE INVESTIMENTO.


O que diferencia as escolas públicas geridas pelos Estados e municípios dos Colégios Militares, é investimento, e não disciplina como alguns gostam de afirmar. Os Colégios Militares têm quase dez vezes mais investimentos que as escolas estaduais e municipais. Um aluno do Colégio militar custa em média R$ 19 mil por ano, enquanto um aluno das escolas estaduais ou municipais chegam custa em média entre R$ 2.875,03 e R$ 4.935,71. Além da diferença com o gasto por aluno, existem outras fatores como a realidade, os colégios militares diferente das escolas estaduais e municipais contam com uma infraestrutura estruturada e de qualidade, e com professores bem remunerados.
Diferente dos professores das escolas estaduais e municipais que tem que lidar com falta de estruturas, falta de tempo para planejamento pedagógico (professores das redes estaduais e municipais na tem tem tempo para planejamento pedagógico, chegam a trabalhar em cinco escolas diferentes e 48 horas ou mais por semana) e péssimos salários (O salário de um professor do Estado em início de carreira é R$ 1.179,65, sem que os professores da Rede Estadual e do município de Nilópolis estão sem reajuste salarial desde 2014. O salário de um professor de um Colégio Militar varia entre R$ 4.240,03 a R$ 8.422,77, em 2013). Os professores dos colégios militares contam estruturas de excelência, amplo horário para planejamento, trabalham em uma única unidade e contam com excelentes salários.
Outro diferencial entre alunos das redes estaduais e municipais e os alunos dos Colégios Militares, e a questão da dificuldade. Os alunos dos colégios militares não passam pelas mesmas dificuldades que estudantes das escolas públicas estaduais e municipais como a falta de professores, material didático, quadras poli esportivas, piscinas, laboratórios de química, física, biologia e informática, além de outros espaços de convivência. Os colégios militares estão localizados nos centros urbanos ou em bairros da classe média com acesso fácil, já parte das escolas estaduais e municipais se encontram nas periferias e favelas , bolsões de pobreza, muitas vezes são dominadas por grupos criminosos. Esses fatores diferenciam os alunos de cada escola, e se torna fator para que haja qualidade de ensino e aprendizagem para uns e dificuldades para outros.

Apesar de ser gerido por militares e se encontrarem no ranking das dez melhores escolas, os colégios militares ocupam somente duas posições. As outras oito posições são ocupadas por outras escolas federais como os CAPs, Pedro II e Escolas Técnicas federais que contam com o mesmo nível de investimento dos Colégios Militares. O que faz o diferencial na qualidade do ensino, é o investimento, e não a farda.
Luis Carlos