Vivemos num mundo onde a tecnologia domina, mas assim como a riqueza ela também é privilégio de uma parte da população, afinal existem lugares e pessoas que nunca passaram nem perto de um computador e nem ouviram falar, por mais incrível que pareça. Assim como o a tecnologia, o nível de ensino é algo inversamente proporcional, a “obrigatoriedade” de freqüentar a escola faz com que alunos da escola pública, que estejam querendo aprender, sejam desmotivados, afinal de contas, você tem obrigação de ir à escola, mas não tem obrigação de estudar e ser promovido para o ano seguinte, afinal ele não precisa não é! Isso está gerando uma desmotivação não só do professor que se esforça para ensinar para alunos que estão ali por obrigação e não tem a mínima vontade de estar e alunos que querem estudar, mas o seu colega de classe não faz absolutamente nada e vai ser promovido tanto quanto ele.
E algum pedagogo ou psicopedagogo vai me dizer que o meio social não influencia na vida do indivíduo principalmente nessa idade e mais ainda, que a maioria (classe/aluno) não vence o poder da minoria (professor/diretor)? Por que o aluno vai se esforçar em estudar? E vou mais além, o Governo diz que temos que conscientizar o aluno da importância do estudo e do seu futuro. Mas de quem é o maior responsável por essa conscientização? A escola? Os pais? O Estado? A mídia? Ou todos juntos?
Hoje está havendo uma inversão de valores. Ao invés do Governo mostrar um exemplo de justiça ele mostra o contrário, roubalheira e corrupção. Os ídolos que a juventude se espelha são geralmente jovens desajustados com músicas fazendo analogias a sexo, drogas e violência. A mídia, assim como o Governo, que deveria ser “conscientizadora” faz o papel inverso, influenciando o meio (população) para as injustiças. Os jornais, revistas, televisão, deveriam ser instrumentos para que tenhamos uma sociedade melhor e honesta, mas não é o que acontece. E de quem é a culpa?
Do professor. Claro que é assim que eles pensam, a culpa é de uma minoria, injustiçada, desmotivada e mal remunerada, é mais fácil atribuir a culpa a uma minoria. As noticias de corrupção que ouvimos todos os dias nos jornais é de quem? Mas na mídia não é divulgado os “bons exemplo” a divulgação maior sempre é das “más influências”. Além de tudo isso, temos os jornalistas, que teriam a “obrigação” e a ética de lutar por um mundo melhor, mas fazem o contrário, apoiando as “más influências” em nome de uma “liberdade de imprensa”, como foi o caso do jornalista português, quem nem lembro e nem quero lembrar o nome, que divulgou um artigo ontem falando sobre o caso do Rafinha Bastos, defendendo a “liberdade de imprensa”.
Outra notícia absurda é que eles querem acabar com o ENEM. Eles vieram com uma “conversa fiada” de fraude e assim querendo abolir. Gente! Prestem atenção! Quando colocamos algo na internet, há um perigo de “qualquer um” compartilhar dessa informação, entrar na mesma freqüência, tanto é que nos bancos tem vários avisos pra não falarem senhas e nem digitarem nos celulares. Tem muita gente perdendo muito dinheiro com o ENEM. Muitas faculdades federais estão adotando o Enem como uma forma de ingresso e abolindo o vestibular.Todos nós sabemos que faculdades públicas, ao contrário das escolas públicas, são “melhores” e para alunos de escolas públicas é uma maneira de entrar nessa faculdades com um esforço, mas sem ser algo além de suas condições. Pois a grande maioria que passa nesses vestibulares fez o Ensino médio em escolas particulares ou cursinhos.
Para concluir, o ENEM é uma grande oportunidade para aquele aluno de baixa renda que quer progredir e ter um futuro melhor. Mas, Senhor Digníssimo Governador, não adianta exigir no ENEM e fazer tudo isso se no ensino chamado Fundamental não for exigido nada, pois aí está a base do que você será no futuro, é daí que parte a “consciência” desde o começo. A consciência de que é importante aprender, estudar e ser honesto e VAMOS DAR O EXEMPLO, afinal de contas, o professor faz a sua parte, falta o Senhor fazer a sua.
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