A situação em que o país vai entrar é alarmante e se os
cidadãos e, principalmente, os professores e professoras não começarem a se
conscientizar e lutar vamos entrar em colapso social. Se não estiverem
motivados o suficiente pela educação pública, que o façam pelos seus filhos e
netos.
Muitos professores e professoras, e eu diria que a maioria,
não entenderam a grave situação em que a educação se encontra. Sei que muitos
estão tão desmotivados, desvalorizados e “desesperançosos “ que sequer têm
forças para agir ou mesmo se interessam pelo que está acontecendo. Preferem
continuar em suas bolhas, estão tipo: “tanto faz, sempre foi assim”.
A questão é que não foi sempre assim! Apesar da história nos
mostrar que desde que permitiram que houvesse escolas públicas e privadas que
vem ocorrendo o processo de destruição da educação pública. Isso é história! Nesseartigo eu explico um pouco essa história.
A coisa começa a piorar realmente quando o Banco Mundial
começa a interferir nos processos educacionais, ditando suas políticas e, mais
ainda, quando o sistema neoliberal começa a ser implantado à força, porque até
então era aos poucos (sentíamos, mas era feito em doses pequenas). E devido a
todo o descaso com os professores, eles sequer sentiam a deterioração do ensino
ou, se sentiam, não tinham forças para lutar contra.
Acusar sindicatos é mais fácil, pois isso nos redime de
culpas pelo que está acontecendo, mas existem dois “poréns”: Quando Getúlio
Vargas resolve oficializá-los (aos sindicatos), passa a controla-los e, assim,
ano após ano, as lutas vêm sendo cada vez mais desarmadas por aqueles que estão
no poder e, pior, quando o professor delega aos sindicatos todas as lutas, sem
entender que, na verdade, nós somos o sindicato, a coisa piora. E a luta vai-se
enfraquecendo cada vez mais.
Vou resumir o que acontecerá com a educação pública:
1.
A intenção do Banco Mundial não é valorizar os
professores, pelo menos não financeiramente, sendo esse como um dos últimos
objetivos, como já expliquei nesse post. Então esqueçam a ideia de que iremos ganhar mais. Teremos
mais cobrança, isso com certeza.
2.
A privatização proposta pelo Ministro da
Educação do novo presidente é a mesma que implantaram no Chile e, para quem não
sabe, Paulo Guedes esteve pessoalmente ajudando no projeto. Isso é explicadonesse blog
3.
Vamos virar um Chile, se tudo der certo, mas se
tudo der errado, como é mais provável pela própria letargia dos trabalhadores
escravos do capitalismo neoliberal, viraremos uma Venezuela.(No final do texto
encontra-se um vídeo que explica a menção à Venezuela)
Para entender o que está acontecendo e quais são as
previsões para o futuro do país, veja esse vídeo. É apenas um deles, há muitos
outros e garanto que as previsões dos economistas sérios não são boas. Espero
que, assim como no Chile, o país acorde. E que não demore muito como aconteceu
lá.
Que o Brasil não brinque com fogo! É o artigo de hoje
escrito no El pais.
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