FÍSICA SEM EDUCAÇÃO

A única maneira de fazer o Brasil progredir é com educação, informação e caráter.

domingo, 19 de maio de 2019

Educação não é balbúrdia




        Entenda o que são os “cortes” de gastos na educação. Será que eles ajudam a economia?





       Após os últimos protestos dos estudantes das universidades federais e estaduais, de escolas públicas, alguns das privadas, professores e trabalhadores contra a reforma da previdência e os cortes na educação, li diversos comentários nas páginas sociais, a maioria apoiando, conscientes do que isso acarretará ao país.  Mas  uma minoria ainda insiste, tentando defender algo sem ter a menor consciência, simplesmente por serem apoiadores de um Governo falido e por pura ignorância. Educação não é balbúrdia!  



             Muitos sequer conhecem o que está na Constituição e não sabem a definição do que é ser patriota, apesar de eu não gostar muito desse termo. Ele vem de pátria, que vem do Latim PATRIOTA, “o que ama ou serve à pátria”, do Grego PATRIOTÉS, de PATRIS, “terra natal”, por sua vez derivado de PATÉR, “pai”. Não sou patriota, pois não acredito nessa servidão à pátria, mas quero um país melhor e quem me conhece sabe que isso significa, como prioridade, uma educação pública de qualidade para todos e a diminuição das desigualdades sociais e, para isso, contamos com as prioridades do governo federal.

            Mas, qual a função do governo federal?

           Um presidente, que faz parte do executivo e do Governo Federal, deve em primeiro lugar ter como meta o bem-estar social (população/nação), diminuindo a desigualdade social, através de geração de empregos, moradia  etc. dando oportunidades a todos e, em segundo lugar, gerar crescimento econômico, nessa ordem.
Com relação à desigualdade, ela só pode começar a ser resolvida com, entre outros fatores,  educação pública de qualidade,  pois a 4ª revolução industrial, tecnológica e científica exige não só trabalhadores tecnicamente preparados, mas também cérebros pensantes, como o mínimo necessário para o desenvolvimento de uma sociedade.
Na postagem anterior, que você pode ler aquimostrei o que está por trás dessa manobra para destruir a educação pública, incluindo as universidades e essas pessoas que se dizem defensores da pátria, os ditos homens de bem, deveriam, antes de qualquer coisa, lutar pelo cumprimento da Constituição, que diz:

Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.
§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)
§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)
§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)
§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, os Estados e os Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)
§ 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006).

            Como podem perceber é obrigação do Estado (ente federado) e da União financiar as instituições públicas federais, cabendo aos estados e municípios a educação básica. Então antes de acusar os Governos Federais dos índices ruins nas escolas públicas saibam o que determina lei e cobrem das pessoas certas (prefeitos e governadores).

           Com relação às Universidades Federais, diante do que vem acontecendo na nossa conjuntura política, elas estão muito bem, com bons índices, inclusive nas pesquisas básicas, que são essenciais para o crescimento do país. Vocês podem verificar aqui, na reportagem publicada em 26 set 2018 pela revista Exame e também na  Folha de São Paulo no mesmo ano.


            Para terminar, acredito que, se as pessoas usassem as redes sociais para debates realmente produtivos e divulgação de conhecimento, teríamos um país melhor e não elegeríamos um presidente só por ir contra um sistema ou a corrupção, pois isso (corrupção) só será revertido através da conscientização política da população e de uma educação pública laica, de qualidade e que respeite as diferenças, pois, ao contrário do que pensa o atual presidente, ele não governa sozinho nem apenas para os seus seguidores ou eleitores. Não estamos numa ditadura. Embora recente, estamos construindo nossa democracia e não podemos, como nesses últimos anos, nos deixar manipular e continuar cometendo erros após erros. Temos que nos conscientizar de que o conhecimento histórico/social/político é imprescindível e a internet, tanto quanto a escola, tem um papel fundamental nisso e, ao contrário do que essa nova política (neoliberal) nos faz acreditar, mercado não é a solução e liberar a economia também não. Os vídeos abaixo mostram o que significa tudo isso:       "Mercado não seria a solução, ele é o problema"



                                          A quem interessa o desmonte do Brasil?



           Vale ressaltar que as referências postadas aqui não devem ser sua única fonte de conhecimento. Uma sociedade consciente é construída com educação e criticidade. Lutemos por ambas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário será aprovado após lido, obrigada!