Faz tempo que não escrevo para este blog, mas é que há tanta
coisa acontecendo, tantos absurdos, principalmente na área da educação, que nem
sei por onde começar. Na verdade, não vou falar disso (das coisas ruins que
aconteceram), estou cansada! Estou tentando reunir forças para o ano que está
começando, e o outro, e o outro, afinal serão mais três anos de martírio. As
próximas décadas já estão sentenciadas pelo neoliberalismo e pela ignorância,
mas e agora?
Agora tracei metas e vou segui-las, para que, pelo menos o
futuro dos nossos netos, bisnetos, tataranetos etc. seja melhor do que os dos
próximos anos, e uma delas é fazer com que a educação seja melhor, mas não
qualquer educação, a educação pública/social.
Mesmo diante de todos os “perrengues” que nós, professores,
passamos, estamos passando e passaremos, não desistirei do meu ofício de
ensinar e, enfatizando e parafraseando o mestre Paulo Freire, ensinar não é
transmitir conhecimento, é desenvolver cidadãos críticos e conscientes dos seus
direitos e deveres, pois assim consta, inclusive, nos documentos oficiais.
Aliás, bastaria os professores conhecê-los (Constituição, Lei de Diretrizes e
Bases, Diretrizes Curriculares Nacionais etc.) a fundo - e exercerem sua função
- que teríamos um país bem diferente do que é hoje, com outro tipo de
governantes.
A escola pública não é uma preparação para a vida ou para o
mercado de trabalho, é a própria vida onde deveriam ser ativadas as
potencialidades, as capacidades, os interesses e as necessidades. Professores
deveriam, independente das condições, estar ao lado de seus alunos e fazê-los
lutarem por uma educação digna e justa (incluindo as condições docentes).
Que no ano de 2020 haja mais conscientização, não somente
dos alunos e alunas, mas também dos professores e professoras e que todos e
todas lutem por uma educação de qualidade e que a mensagem e luta de Paulo
Freire continue viva entre aqueles e aquelas que desejam um futuro melhor.
Como disse Paulo Freire no seu livro “Professora sim, tia não. Cartas para quem ousa ensinar: “É preciso ousar para ficar ou permanecer ensinando por longo tempo nas condições que conhecemos, mal pagos, desrespeitados e resistindo ao risco de cair vencidos pelo cinismo. É preciso ousar, aprender a ousar, para dizer não à burocratização da mente a que nos expomos diariamente. É preciso ousar para continuar quando às vezes se pode deixar de fazê-la, com vantagens materiais.”
PROFESSOR, EXIJA RESPEITO!
Para terminar um vídeo explicando o óbvio, o que, nesse ano
controverso, não foi tão óbvio assim.
QUEM NÃO É PAULO FREIRE? #meteoro.doc
Muito bom, Cibele!!!
ResponderExcluirObrigada! :)
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