FÍSICA SEM EDUCAÇÃO

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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Que tal a física e a matemática falarem português?


A minha dificuldade maior é no cálculo integral e diferencial, pois quando lidamos com a matemática, digamos, clássica, as coisas, pelo menos pra mim, tem uma explicação, pois eu tenho necessidade de saber o porquê de tudo, principalmente no que se refere fórmulas, por isso escolhi a física.
Os matemáticos que me perdoem, mas não consigo achar uma lógica nas integrais e nas derivadas, não consigo ter uma explicação de porque estou derivando, integrando. Bom, mas vamos ao que interessa, lá estava eu procurando a definição da derivada quando me deparei com um texto do Profº Dr Paulo Ricardo da Silva Rosa do Departamento de Física – UFMS sobre algumas funções básicas da matemática e li no primeiro parágrafo: “Um problema comum ao tratarmos com sistemas físicos e colocados pela seguinte questão: qual e a taxa de variação no tempo do estado dinâmico de um sistema físico? Colocando em outros termos, poderíamos perguntar: qual a taxa de variação no tempo das propriedades do sistema, descritas por suas variáveis de estado? Devemos lembrar que entendemos por estado dinâmico de um sistema físico o conjunto de variáveis de estado que descrevem o sistema em certo instante de tempo.” Li, reli, reeli (essa palavra não existe) e não consegui entender nada, fui ao Google pra compreender termo por termo, variação, eu sei o que é, agora precisava saber o que seria estado dinâmico, fisicamente falando, apelei ao Bruno, também professor de física e biólogo, aí ele conseguiu me “apontar uma luzinha”, foi então que decidi fazer esse artigo. Larguei as variações de estado dinâmico pra lá e resolvi escrever esse artigo.
Lembrei dos meus alunos e do olhar deles quando estou explicando algo “do que ela ta falando?” e me senti na pele deles. Físico escreve pra físico, matemático escreve pra matemático, professor escreve pra professor e assim por diante. E resolvi o seguinte, vou escrever para pessoas que não estão habituadas com esse tipo de linguagem, então tenho que falar a linguagem deles. Tenho que reescrever a física e a matemática de uma maneira simples, mas sem abrir mão de fórmulas, pois a física anda junto com a matemática e a matemática nada mais é do que uma linguagem que prova do que estamos falando, a mesma coisa de traduzirmos um texto para o inglês ou espanhol e etc, é só uma linguagem. No caso do texto que eu coloquei lá em cima, não seria mais fácil ele colocar assim: Um problema que temos ao trabalharmos com a massa e a energia juntas de alguma coisa é como calcular o período de tempo que é muito pequeno, e o que acontece com elas. E, mesmo assim, não consegui entender direito o que ele quis dizer, por isso pode ser que não esteja muito certa a minha “tradução” e acho que nem o Google entendeu, pois até lá foi difícil uma definição fácil e clara. E é isso que farei daqui por diante, vou traduzir a física, ou pelo menos tentar. Nada melhor do que reescrever a física conhecendo um pouco dos nossos físicos e seus trabalhos.
O que resolvi falar hoje é um paranaense que teve uma importância muito grande na história científica, foi através dele que ficamos mundialmente conhecido e respeitado. Cesare Mansueto Giulio Lattes, mais conhecido como Cesar Lattes, foi o descobridor da partícula méson-pi explicando assim porque os prótons não explodem no núcleo, além disso, calculou a massa e a trajetória do nosso amigo méson-pi, entre outras grandes descobertas científicas no Japão. http://www.infoescola.com/biografias/cesar-lattes/ Mas vou ficar por aqui, apesar de ter muito mais coisa a dizer a respeito dele, então, vale a pena procurar e conhecer um pouco mais, afinal conhecimento e cultura só fazem bem e como diz o Profº Matheus Lobo no seu site http://www.exatasonline.com.br/ “A matemática estimula os neurônios” . Ah! Estou aceitando críticas e sugestões para tornar a matemática e a física com uma linguagem mais acessível, então vamos colaborar! cibelesidney@hotmail.com .

3 comentários:

  1. O falar específico de um grupo social chama-se JARGÃO. Que não deve ser confundido com gíria. O jargão surge quase que espontaneamente entre pessoas de uma mesma profissão, de mesmos interesses etc. É impossível eliminá-lo. Mas, você tem total e absoluta razão: o jargão só deve ser usado entre iguais. Fora do seu círculo de atividade, ele se torna RUÍDO, ou seja, impede a comunicação. Uma das missões dos professores é TRADUZIR para seus pupilos os diversos jargões das diferentes matérias e, ao mesmo tempo, introduzi-los no domínio deles. E isso é muito difícil, realmente. Então, parabéns pelo artigo (e não é porque v. é minha filha, não...rs...rs...rs...)

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  2. rssss brigada pai, adorei esse elogio!!!!

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  3. Achei um excelente texto. É bem parecido com o que eu sinto.

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