FÍSICA SEM EDUCAÇÃO
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domingo, 11 de setembro de 2011
Drogas pra que? Estude física
Na física, ou melhor, na teoria da relatividade especial de Einstein, se uma massa se movimentar na velocidade da luz seria possível voltar ao passado ou ir para o futuro, afinal ele é curvo. A velocidade da luz é sempre a mesma pra qualquer observador, isso se você estiver numa velocidade constante (que não varia) e em linha reta (uniformemente), esse conceito é importante, uniforme significa numa velocidade fixa e na mesma direção. Enquanto estávamos no mundo “normal” as coisas aconteciam exatamente como na teoria de Einstein era previsível e onde tudo é relativo.
Apesar da viagem no tempo ser uma coisa impossível, pelo menos por enquanto, todo mundo adora explorar essa possibilidade. A idéia do espaço tempo curvo deixa uma possibilidade de que podemos curvá-lo tanto a ponto de passarmos para o futuro e isso acelerando com a velocidade da luz. Só que quando nos referimos a espaço tempo curvo estamos falando de um geometria não-euclidiana, pois a euclidiana é a que utilizamos na escola, onde a soma dos ângulos internos é 180°. Numa geometria não-euclidiana a soma desses ângulos podem ser mais ou menos que 180°.O espaço não é uma “coisa” que podemos dobrar, como acontece na imaginação dos filmes de ficção. O que aconteceu foi o seguinte, os textos que foram escritos sobre a geometria não euclidiana foram escritos em alemão, então quando foram traduzidos não conseguiram encontrar uma palavra que correspondesse ao termo em alemão, então foi usado o termo curvo. A Terra, por exemplo, é feita numa geometria não euclidiana, querem ver....
Os dois ângulos embaixo são 90°, mas o de cima não, não é? Então essa soma não tem como dá 180°. E é isso o que acontece com o espaço tempo, por isso é curvo. Mas há uma possibilidade do universo ser curvo também, não acha? Então, de acordo com a nossa geometria há uma possibilidade de irmos para lugares que nem imaginaríamos, como o passado ou o futuro e a relatividade nos diz que efeitos gravitacionais podem fazer com que o tempo seja visto com uma perspectiva diferente, através de efeitos relativísticos. Mas os efeitos relativísticos, como falamos no artigo anterior, que seria quando a matéria vira energia só pode ser visto por físicos em laboratórios, pois conseguem fazer partículas alcançarem a velocidade próxima da luz e os efeitos foram muito pequenos, mesmo utilizando aparelhos de medidas muitos precisos. Ou seja, tão cedo não poderemos viajar nem para o passado e nem futuro.
Mas, (na física sempre contamos com um “mas”) Carl Sagan, quando estava escrevendo seu romance Contact, aguçou a imaginação do físico Kip Thorne e sugeriu que ele fizesse um modelo de uma máquina do tempo, ele adorou a idéia e se juntou com mais dois físicos, Michael Morris e Ulvi Yurtsever, seus alunos de doutorado, para que começassem a investigar um objeto que, supostamente, se encontra no espaço chamado Buracos de Minhocas.
Esses Buracos de minhocas seriam “pontes” entre distâncias muito, muito grandes, e qualquer um que viajasse neles estariam a distâncias com milhões ou bilhões de anos-luz ( 1 ano-luz seria como se viajasse durante um ano na velocidade da luz, que é aproximadamente 300.000 quilômetros por segundo), ou seja, você não demoraria muito tempo, afinal esses buracos teriam uma velocidade superior a da luz. Ainda não conseguimos “ver” nenhum buraco de minhocas eles estão, pelo menos por enquanto, somente na série de televisão, como o Star Trek, felizmente. Você pode até discordar de mim neste momento, mas no próximo artigo vou explicar porque eu e os outros físicos preferem que a viagem no tempo seja impossível.
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ResponderExcluirConversas para você viajar muito mais com Matheus Lobo