FÍSICA SEM EDUCAÇÃO

A única maneira de fazer o Brasil progredir é com educação, informação e caráter.

terça-feira, 21 de abril de 2020

A crise é mais séria do que qualquer um pode imaginar



     Estamos diante de uma pandemia, isso é um fato! Apesar de algumas pessoas não terem entendido isso ainda. Com relação a essas pessoas só temos a lamentar, o grande problema é que não lamentaremos só por elas, mas por nós também.

     Independentemente do que acredite estamos diante de um vírus que não tem religião nem posicionamento político e, mais uma vez, estamos diante de algo que a ciência tenta conhecer. E é somente ela que tem o poder, nesse momento, de saber como agir e prever o que vai acontecer.





     Tivemos, no decorrer da história, epidemias sérias, mas nenhuma dessa magnitude. Algumas foram, inclusive, acobertadas aqui no Brasil, como a epidemia de meningite, em 1974, em plena ditadura. A diferença é que essa acaba se agravando por não termos um Governo Federal devidamente preparado agir com um mínimo de racionalidade, diante do problema. Um governo que, além de não estar preparado, não quer estar e está jogando o país no abismo.

     Não existe escolha entre a vida e a economia, não importa o que queiram ou pensem. A vida é o nosso bem mais valioso e a função e dever de um governo é preservá-la. A falta de seriedade com que o governo vem tratando a pandemia traz mais insegurança e instabilidade às pessoas que ficam sem saber a quem devemos recorrer. Precisamos de atitude e respostas, uma entidade real, que esteja entre nós e nos forneça respostas claras: a ciência, não um Deus, mesmo que você creia que ele possa dar alguma ajuda. Enfatizo, independentemente de sua crença, é a ciência que vai nos fornecer os dados e a respostas para encararmos isso com mais segurança.





     A primeira grande lição, como disse o cientista Miguel Nicolelis, é que os países que negligenciaram a ciência não foram bem-sucedidos e tanto tiveram muitas mortes quanto a economia sucumbiu. Não existe dilema entre o confinamento e a economia, como diz Eduardo Moreira no vídeo, só há uma saída: FICAR EM CASA.


     Essa geração, além de estar presenciando a quarta revolução industrial e tecnológica, também participa de uma enorme mudança geopolítica na história, provocada por um ser invisível que mais uma vez coloca o homem diante de sua limitação. Por mais que a nossa ciência tenha avançado, mesmo o vírus está a um passo à frente, já que não se pode prever onde e quando ele vai nos atacar.

     Como ficaremos? É uma incógnita, mas conseguimos fazer uma previsão. A ciência é feita com os dados colhidos todos os dias e ela permite previsões, quando há estudo sério e construção do conhecimento baseado em observações, experiências e informações.


     As previsões mais prováveis não são aquelas que nos confortam. E uma delas saiu na Revista Science, uma das mais sérias do mundo, que prevê uma das possibilidades, dentro do que temos de dados hoje, é a permanência desse vírus por alguns anos e a forma que vem funcionando para evitar sua disseminação é o distanciamento e o isolamento social, o que deve ocorrer em períodos alternados, e conforme diminua o número de casos, dando um fôlego ao sistema de saúde. Afrouxar as medidas quando diminuir o número de casos e adotar medidas mais severas quando aumentar. Isso, pelo menos, até 2022, na melhor das hipóteses.

     "Eu já fui otimista e hoje não sou mais." Drauzio Varela




     Não adianta ter fé, otimismo etc. e não cuidar de você e dos outros. A conscientização só é feita através do conhecimento.

      E a vacina? Mesmo que consigamos desenvolver uma vacina eficaz, existem várias questões que devem ser levadas em consideração. Para entender mais sobre isso eu recomendo o vídeo do biólogo Átila Iamarino. Então o que nos resta? Seguir o que a ciência diz, independente do Deus que você acredite.
              Covid-19 = Átila Iamarino


2 comentários:

  1. Cibele, já acompanho suas considerações científicas há alguns dias no whatsapp e me deparo com esse blog tão agregador e educativo... Obrigada por mais essa contribuição!

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