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sábado, 13 de maio de 2017

Esquerda, direita e democracia


Há uma manobra da mídia em distorcer conceitos, ainda mais quando se referem a direita e esquerda no Brasil. Cada país tem sua definição, digamos assim, do que seja, mas no Brasil a definição é clara e completamente equivocada pela maioria dos brasileiros, principalmente aqueles que apoiam o liberalismo e são fãs das políticas aplicadas nos EUA, já que nossa cultura se baseia, erroneamente, neles. Para começar esquerda não é partido político, eles se utilizam de algumas vertentes da esquerda para se posicionarem. O que é bem diferente.

Quando comparamos países de primeiro mundo onde existem menor nível de desigualdade social e violência, que é a isso que chamo de país desenvolvido, percebo grandes equívocos. Países nórdicos, na maioria, com políticas econômicas liberais, possuem uma assistência à sua população, oferecem educação e saúde de qualidade e, portanto, índice de criminalidade baixo. Mas o brasileiro, influenciado pela mídia americana, acredita que lá, mesmo com altos índices de criminalidade e desigualdade social é um país maravilhoso.

Quando nos referimos à esquerda então, os equívocos são maiores! A esquerda no Brasil, que não estou me referindo a partidos políticos, defende uma democracia social, bem diferente da democracia representativa a qual estamos inseridos atualmente. Mas, para aqueles que não sabem do que estou falando vou definir de forma bem simples e no final do texto colocarei o link de um artigo definindo melhor o tal liberalismo defendido hoje por muitas pessoas e partidos no Brasil e a definição de esquerda. Volto a lembrar que estou falando da realidade brasileira, porque o liberalismo da Finlândia, por exemplo, é bem diferente.

Democracia representativa é quando elegemos representantes (deputados, senadores, vereadores...) para nos representar num congresso e senado e votar por nós decisões que atingem a população.
Democracia social, defendida pela esquerda, defende que ao invés de termos esses representantes o povo decidiria, por meio de votações, quais seriam as melhores opções.


Para que uma democracia social seja implantada exigiria uma educação (verdadeiramente) democrática e justa e isso exigiria boa vontade de nossos “representantes” políticos, além disso teríamos que ter baixo índice de desigualdades sociais, afinal um povo faminto não pensa em crise, trabalha, o que o torna mais fácil de ser manipulado. Mas, com a reforma do ensino médio, os altos índices de desemprego e, agora, a tal reforma trabalhista e da previdência proposta isso aconteceria? Claro que não!


Os sindicatos, organizações e afins representam a voz do empregador que muitas vezes são coagidos pelos seus patrões a aceitarem condições desumanas de trabalho, por necessidade. Você pode até dizer que hoje os sindicatos não nos representam mais, estão comprados e tudo mais, mas que tal agir para mudar essa realidade? Ao invés de criticá-los passe a fazer parte de um e participe para mudar essa realidade. Está na hora do povo se conscientizar e lutar para que a única reforma que deve ser feita é para a reforma da democracia, com a verdadeira participação popular. Vamos à luta! A questão não é partidária!

Links:
Considerações sobre a democracia e alguns dos obstáculos à sua concretização - Marilena Chaui http://recid.redelivre.ethymos.com.br/files/2011/11/Marilena_Chaui___Consideracoes_sobre_a_Democracia_1.pdf






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