FÍSICA SEM EDUCAÇÃO

A única maneira de fazer o Brasil progredir é com educação, informação e caráter.

terça-feira, 23 de abril de 2013

CARTA AO SECRETÁRIO DA EDUCAÇÃO, SR. HERMAN



Sexta Feira, dia 26 de Abril de 2013, nosso secretário da educação, o Sr. Herman Jacobus Cornelis Voorwald virá para uma palestra aqui na minha cidade, Atibaia/SP. professores estão apostando que ele não terá coragem de vir, mas eu digo que sim, afinal, ele acabou de nos dar um "aumento". 
Bom, assim, vou aproveitar para denunciar o mal que o SARESP anda fazendo e que mostra como as pessoas, que deveriam, por obrigação, serem éticas, podem ser corruptas e o que essa prova, que deveria ser meritocrática, faz com nosso ensino e divulgarei o nosso projeto, pois mais do que apontar os defeitos temos que mostrar as soluções, afinal, gente para falar mal é o que mais tem, não é mesmo?
 Segue abaixo a carta e o projeto na sua íntegra e para aqueles que se interessam em melhorar a educação do nosso país, nos ajude a divulgá-la. Obrigada!
CARTA AO SECRETÁRIO DA EDUCAÇÃO, SR. HERMAN

Sr. Secretário, sou professora, licenciada em física, contratada pelo estado de São Paulo. Ministro aulas nos municípios de Atibaia e Bom Jesus dos Perdões, e, com o fim de ajudar a melhorar a gestão da educação em nosso país, que muito tem sido comentada, criticada e debatida no Brasil e pelo mundo, aparecendo, recentemente dentre os 144 países avaliados no 116.º lugar em educação, atrás, por exemplo, de Chade, Suazilândia e Azerbaijão, em ranking apresentado no Fórum Econômico Mundial dia 10 de abril de 2013.
Assim, com este intuito, gostaria de pontuar alguns problemas que averiguei durante esses anos de magistério:
·         O sistema de ensino precisa ser reformulado, mas não o ECA, como muitos acreditam e nem o currículo, mas sim o modo como ele vem sendo empregado. Concordo quando dizem que os professores precisam de um sistema de meritocracia e concordo com as provas anuais para que sejam nivelados, só que o SARESP (em se tratando de São Paulo) não ajuda em absolutamente nada, muito pelo contrário.
·         O nosso sistema deveria ser “meritocrático”, inclusive para os alunos. A escola deveria ser formadora de cidadãos conscientes de seus deveres e leis e o que forma é o contrário de tudo isso, onde a aprovação automática e o SARESP colaboram muito com a degradação do ensino. Não sou a favor de uma educação autoritária, mas o aluno não tem mérito nenhum, não conquista nada, não tem valorização e isso acarreta um sistema paternalista onde tudo é permitido e os cidadãos não crescem conscientes de que para viverem numa sociedade devem seguir regras, e, que a vida lhes impõe um limite. Mas, a escola não deveria ensinar-lhes essas regras e limites? A função da escola não é educar para a vida?
Com relação ao SARESP a coisa se apresenta muito pior, pois com o Ensino Médio acaba sendo a mesma coisa que o Fundamental, onde os gestores, para receberem um bônus, que é maior que o dos professores, acabam aprovando alunos que não sabem nem resolver uma equação de primeiro grau no terceiro ano do Ensino Médio. Tenho diversos alunos nessa situação.
·         O professor, já desmotivado pelas questões que os senhores estão cansados de saber, aprovam alunos, para melhorar índices e receberem esse bônus. A classe do professorado está desunida, pois foram criadas diversas categorias, onde aqueles que mais trabalham recebem menos.
Concordo que deva haver uma prova para que seja instituída a meritocracia, mas não uma prova onde não temos acesso a gabaritos e nem ao menos aos critérios de correção e valores de bônus e como disse um professor, onde escrevi uma postagem a pedido dele, sobre o SARESP, o professor Adonai Santana: "Sempre tenho defendido critérios meritocráticos na educação brasileira. No entanto, distribuição de bônus sem justificativas claras não caracteriza meritocracia alguma. Parece mais um suborno, em troca de silêncio.", se tiver interesse em ler a postagem, essa se encontra no site: http://adonaisantanna.blogspot.com.br/2013/02/saresp.html
 Na escola onde tenho a minha sede, os diretores são contra a reprovação, onde temos alunos que já falaram na minha cara que não querem fazer nada, pois, sabem que não serão reprovados. Eu como professora, me sinto tremendamente humilhada, não temos autonomia, nem para reprovar, e, se as notas não forem boas chamam a nossa atenção. As escolas querem números e não aprendizagem, mas como avaliar alunos que não tem regras, nem limites e não precisam se preocupar em estudar para serem promovidos, bastando assinalar “X” numa prova tremendamente fácil perto de outras avaliações (ENEM e vestibular)? É esse o sistema ”meritocrático” em que vivemos? Crianças devem aprender o que é a verdadeira meritocracia, a verdadeira cidadania e ética e não um “sistema paternalista” onde tudo é permitido, e, vou mais longe, o que acontece com relação a violência e o consumo de drogas é exatamente a falta de regras e limites, tanto dentro de uma escola, como dentro de casa, mas essa é uma outra questão que posso vir a debater com o senhor em outra oportunidade.
 Se a escola não tiver capacidade de ensinar essas regras e limites criarão uma futura sociedade cada vez mais violenta. Em vista de tudo o que penso, desenvolvi um projeto com a pedagoga Mara Zumpano e o cientista político Antonio Roberto Vigne para começar a amenizar um pouco essa situação, claro que esse projeto trará resultados em longo prazo, mas precisamos começar de alguma forma, e, gostaria que o senhor lesse e, além de analisar esse projeto pensasse em tudo o que foi dito, pois nosso sonho é criar uma geração de homens capazes de fazer desse país um lugar muito melhor.
Agradeço desde já a atenção à minhas palavras e aguardo retorno desta e apoio a este nosso Projeto.

Cibele Sidney


__________________________________________________________________________
Projeto: Por uma nova escola e uma nova geração
Excelentíssimos Senhores(as) educadores(as) e estudantes:

Passo às  vossas mãos uma ideia, um projeto, cujo objetivo é buscar uma nova forma, um novo caminho, para o ensino brasileiro.
Por ser uma ideia arrojada, peço que o leiam com cuidado para seu entendimento e consequente desenvolvimento prático do mesmo.
Estamos à disposição para ajudá-los com qualquer dúvida que possa suscitar-lhes este projeto, mande-nos e-mail ou telefonem-nos, e, desde já agradecemos a atenção e o apoio.

Atenciosamente,


Cibele Sidney
Professora contratada pelo Estado de São Paulo.
RG.: 23 196 682-9
RS.: 14471530
Telefone: 11-99354-8619
cibele.sidney@gmail.com
Mara Regina Zumpano
Pedagoga / Orientadora Educacional
Registro MEC 50.062
Professora de Didática/ Professora de Psicologia da Educação/
Professora de Sociologia da Educação
Registro MEC 117.402 -LP
mrz1962@homail.com
Antonio Roberto Vigne
Cientista Político
Produtor Cultural com registro na Lei de Incentivo a Cultura do RS e Colunista Político do Jornal Correio de Viamão.
arvigne@gmail.com


PROJETO: POR UMA NOVA ESCOLA E UMA ENOVA GERAÇÃO

Introdução:

Acreditamos que a situação política e social do país precisa ser melhorada urgentemente, e, só a educação poderá fazer esse papel, através de uma educação política, onde jovens possam conhecer e desenvolver seu senso crítico e consigam questionar os problemas que afligem sua comunidade, sua cidade e seu país, cobrando os gestores de seu estabelecimento de ensino, os gestores municipais, seus pais e a si próprios sobre ações que lhes tragam um ensino de qualidade.
Os alunos de hoje são questionadores, mas não conhecendo seus direitos e deveres como cidadãos tornam-se desorientados, facilmente alienáveis e consequentemente despreparados para o futuro pessoal, social e profissional que os aguarda.
Além do aluno, outro motivo que tem estressado a ligação mestre-educando é, também, o despreparo do professor para lidar com esta  nova geração, apelidada de Geração Y, que nos impõe alunos, crianças e jovens multidisclinares.
Diante desse contexto desenvolvemos um projeto que visa, através de uma linguagem acessível feita do jovem e para o jovem, desenvolver o conhecimento político, cidadão e da ética, tão defasados hoje.
Assim, para desenvolver esse projeto precisaremos do interesse na participação de dois ou mais jovens de sua escola, e, da tecnologia que hoje em dia é tão utilizada por eles.
Objetivo: Desenvolver na população jovem o conhecimento político, a cidadania e a ética para que adquiram o senso crítico e a curiosidade política.

Como?

Serão feitos vídeos, do jovem para o jovem, simples com jovens entre 14 e 16 anos falando sobre temas escolhidos por eles, sobre a educação política a cidadania e a ética. Através desses vídeos simples, de curta duração com a utilização de uma linguagem jovem e engraçada, os jovens conhecerão e passarão aos outros os conceitos citados acima.
Será criada uma página no Facebook e um canal no Youtube para a postagem desses vídeos, onde todos os interessados terão acesso.
Esses vídeos poderão ser apresentados em suas escolas, mas serão disponibilizados na internet, para que mestres e alunos possam utilizá-los em aulas como a sociologia, a filosofia ou mesmo no ensino fundamental, pois conterá conteúdos diversos, escolhidos pelo jovem com o apoio inicialmente das educadoras que assinam este projeto além de cientistas políticos, promotores públicos e  professores, que, já utilizam a rede social para conscientização cidadã de jovens brasileiros, e, aos poucos, com o crescimento do projeto em sua escola todo professor e/ou cidadão consciente e preparado a lidar com o jovem e com estes temas serão aceitos como orientadores destes vídeos junto aos alunos., pois serão vídeos com informações sobre como funciona a política, os cargos políticos, o que é a ética e a cidadania dentro e fora do ambiente escolar.

Conclusão:

Esse projeto será desenvolvido pelos jovens e é completamente multipartidário, pois todos os partidos estarão envolvidos, mas não caberá exclusividade a nenhum, pois sua única intenção é desenvolver o senso crítico, trazer novos conhecimentos sobre cidadania e ética, e, como já observado nas redes sociais não tem intenção de atacar ou privilegiar nenhum partido politico, e, todos os envolvidos na orientação, supervisão e utilização desses vídeos pactuam e pactuarão do mesmo pensamento e princípio, a imparcialidade político partidária..
É do conhecimento de todo educador que o jovem hoje, altamente informado, não se interessa por política devido à forma vergonhosa que têm lidado com uma ciência voltada a gestão, governança da coisa pública, aos inúmeros escândalos que aconteceram no Brasil e por associarem política à corrupção, e, a intenção do projeto é demonstrar que essa desvalorização só será melhorada com a participação futura e ativa deles nas casas legislativas municipais, estaduais e federais, bem como em cargos executivos, e, finalmente com mais jovens interessados em exercer seus direitos e deveres como cidadãos responsáveis e éticos, e, chegaremos à este futuro  através do conhecimento do jovem da política e do desenvolvimento da ética e da cidadania.

PS. Não sei se o senhor lerá essa carta, mas farei o possível.





Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário será aprovado após lido, obrigada!