A física quântica hoje não se resume ao mundo da física,
está envolvida em todo um contexto social. Quando coloquei a realidade do mundo
matemático, num artigo anterior, este se referia a nossa realidade também. Hoje
vivemos em um mundo onde não cabem certezas absolutas, nosso mundo hoje é
constituído de probabilidades, assim como a física quântica.
Por que não?
David Hume, um filósofo escocês, empirista e cético, por
exemplo: a sua ideia sobre a ciência era que todos os conhecimentos se baseavam
em experiências, e que com ela nós criamos o hábito de associar a ideia de que
a experiência irá se repetir exatamente da mesma forma sempre. Por isso ele
critica a ciência por se basear na crença. Mas será que é isso que realmente
acontece?
Naquela época poderia até ser que era assim que a ciência
funcionava, mas hoje em dia sabemos que não é assim. Quando lidamos com o mundo
quântico, lidamos com partículas e o seu comportamento é previsível, dentro de
possibilidades, dentro de uma porcentagem que é prevista. Mas, quando Humes faz
sua teoria, ele se referia a pessoas e não a partículas. Só que, se pensarmos
bem, nós nos comportamos dessa forma também.
Num livro de Marion Zimmer Bradley (autora de “As brumas de
Avalon), na sua série Darkover, ela expõe bem isso através de uma história de
ficção, onde faz menção de pessoas que previam as várias possibilidades de um
acontecimento através das atitudes. Por exemplo, se for por um determinado
caminho poderá encontrar tal pessoa, mas se seguir em frente irá acontecer uma
outra coisa. Não me aprofundarei, pois, é um livro que vale a pena ser lido e
nada melhor do que a curiosidade para mover à leitura.
Esse é o mundo em que
vivemos atualmente e teremos que nos acostumar a viver nele, afinal, estamos
evoluindo. E a grande questão, tanto de Hume quanto da ciência é que precisamos
investigar todas as possibilidades e não ficarmos focados em um só ponto, o do
hábito, pois já saímos da Pontilândia. Leia mais a respeito aqui.
O Mundo Quântico não comporta certezas nem verdades
absolutas, ou seja, existem probabilidades. Assim, como não prevemos o destino
de uma partícula, não prevemos o nosso. Ninguém determina nosso destino a não
ser nós mesmos e esse destino é decorrente do mundo que nos rodeia, do
imprevisto, do casual. E eles são imprevisíveis.
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