FÍSICA SEM EDUCAÇÃO

A única maneira de fazer o Brasil progredir é com educação, informação e caráter.

domingo, 29 de março de 2020

A educação falece











 
     Antes de mais nada um aviso: essa é apenas uma opinião diante de tudo o que vem ocorrendo, mas como sempre me restringirei à educação, minha área de atuação.

     Apesar dessa pandemia, as pessoas, pelos menos as mais conscientes que não são da área, entenderam a importância do investimento em ciência e educação e a importância de o Estado (ente federativo) subsidiar os mais pobres, porque Estado não foi criado (pelo menos não deveria ter sido) para gerar lucro e sim para fornecer bem-estar social para sua população, principalmente nas horas de crise, como a que estamos passando.

     A grande questão é que temos um presidente que está indo na contramão de tudo isso e um governador (em São Paulo) oportunista, que, em contrapartida, acaba  sendo  competente. João Dória está se aproveitando e implementando o Ensino à Distância (EAD) descaradamente.
   
     Em uma de suas entrevistas, exaltou as empresas privadas, como se elas fossem as salvadoras do país, e enfatizou a ajuda do Estado para combater a COVID-19, colocando o valor na sigla dos milhões de reais. Para aquele que não estão  familiarizados com a economia, parecem valores realmente expressivos.

     Mas ele se esqueceu de dizer que as dívidas que deveriam ter sido pagas pelas empresas ao Governo em forma de impostos e que foram sonegadas beiram a casa dos bilhões. Tudo isso, no entanto, é uma questão de ordem de grandeza de apenas três zeros, coisa que está geralmente acima da compreensão do cidadão comum, ou passa despercebido por todos.

     Tudo isso vai custar à educação e aos professores uma reviravolta e agora acelerada  educação a distância para o ensino médio será implementada a partir do ano que vem. Como a rede oficial de ensino, ou seja, os diretores, professores, pedagogos etc. da rede pública, não está preparada e não será preparada a tempo para essa modalidade de ensino, o ensino a distância, a entrega à iniciativa privada da educação de nossos jovens será o passo que vai unir, para os empresários da rede privada, o abutres da plantão, o o útil ao agradável. Os professores que não se adaptarem serão excluídos desse sistema, principalmente os contratados, já que não precisarão de uma grande demanda de professores para o EAD e muito menos de pagarem transporte e alimentação, isso sem falar nas mudanças nos contratos que mesmo que haja concurso não terão mais a estabilidade do regime estatutário. Aliás, isso já está sendo feito.

     Não duvido nada que criem também uma emenda para tirar essa estabilidade dos já concursados.

     Para terminar, como eu disse, essa é apenas uma opinião, mas baseada em algumas coisas que li e que deixarei aqui embaixo para consulta e espero, mais uma vez, estar errada e torço para isso.

Discurso do Bolsonaro
O que esperar do Ministro da Educação
Discurso do Dória (governador do estado de São Paulo)




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